Aqui está uma versão mais natural e fluida do seu texto, mantendo todos os detalhes essenciais:

Quando Darren Aronofsky conheceu Natalie Portman em um restaurante na Times Square em 2000, a jovem atriz era uma estudante do terceiro ano de Harvard que acabara de aparecer no primeiro prelúdio de Star Wars. Aronofsky, recém-saído de seu intenso drama sobre vício, *Requiem for a Dream*, propôs a Portman estrelar como uma bailarina em seu próximo projeto—mesmo que ele ainda não tivesse um roteiro.

"Ele só tinha a ideia básica," Portman conta à *Vogue*. "Mas quando ele mencionou fazer um filme sobre balé, eu imediatamente quis fazer parte."

O conceito evoluiu de várias fontes: as experiências da irmã de Aronofsky no balé (incluindo histórias de rivalidades e lesões), *O Duplo* de Dostoiévski, e um roteiro já existente sobre duas atrizes competindo por um papel Off-Broadway. Esses elementos eventualmente se tornaram *Cisne Negro*—um thriller psicológico ousado e sensual, estrelado por Portman como Nina, uma bailarina escolhida para o papel duplo em *O Lago dos Cisnes*. Enquanto perfeita para o inocente Cisne Branco, Nina luta para incorporar o sombrio e sedutor Cisne Negro. Quando uma bailarina rival (Mila Kunis) surge, a busca obsessiva de Nina pela perfeição—alimentada pela pressão de sua companhia e de sua mãe, ex-bailarina (Barbara Hershey)—a leva ao limite.

Aronofsky e Portman levaram dez anos de persistência ("e muito chute e grito," ele brinca) para conseguir financiamento. A Fox Searchlight acabou cobrindo metade do orçamento de US$ 13 milhões—nada fácil para um filme de terror artístico sobre balé que termina com a morte da protagonista.

"Todos os estúdios recusaram," lembra Aronofsky. "Um executivo afirmou que fracassaria porque 'fãs de balé odeiam terror, e fãs de terror odeiam balé.'"

Sua fé se mostrou justificada. Após seu lançamento em dezembro de 2010, *Cisne Negro* arrecadou US$ 330 milhões mundialmente, tornando-se o segundo filme de maior bilheteria da Fox Searchlight, atrás apenas de *Quem Quer Ser um Milionário?*. Portman ganhou o Oscar de Melhor Atriz por sua performance eletrizante, e o filme recebeu outras quatro indicações, incluindo Melhor Filme.

Neste agosto, uma versão remasterizada em IMAX será exibida por apenas dois dias (21 e 24 de agosto), com pôsteres de edição limitada disponíveis. Em dezembro, a Rodarte—que desenhou os impressionantes figurinos finais de Portman—lançará uma coleção cápsula inspirada em *Cisne Negro*.

Para marcar o 15º aniversário do filme, Aronofsky, Portman e Kunis se reuniram com a *Vogue* para refletir sobre sua produção.

**Vogue:** Quando foi a última vez que você assistiu *Cisne Negro*?
**Portman:** Só por completo na estreia em Veneza. Mas vimos os últimos 10 minutos repetidamente durante as sessões de perguntas e respostas.
**Kunis:** Provavelmente não desde a estreia.
**Aronofsky:** Minha equipe cuidou do remaster em IMAX enquanto eu terminava *Caught Stealing*. Eu o assisti pela última vez há cerca de três anos, quando Lin-Manuel Miranda me convidou para discutir o filme—ainda é uma experiência intensa.

**Natalie,** li que Darren primeiro te abordou... [o texto continua]

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Aqui está uma versão mais natural e fluida do texto, mantendo seu significado original:

**Natalie, você discutiu pela primeira vez interpretar uma bailarina em 2000. O que ficou com você ao longo dos anos que tornou este filme uma prioridade?**

**Portman:** Sinceramente, eu só queria muito trabalhar com Darren. Eu era apaixonada por balé quando criança, então a chance de explorar isso com ele foi emocionante. Em nosso primeiro encontro, conversamos sobre como mulheres e meninas são celebradas como o centro do balé, mas também rigidamente controladas de muitas maneiras. Também foi interessante colocar personagens femininas nessa dinâmica competitiva—elas praticamente são preparadas para competir entre si.

**Ouvi dizer que você sugeriu Mila para o papel de Lily?**

**Portman:** Mila pode contar o lado dela, mas éramos amigas há anos. Lembro de estar com ela no Rose Bowl Flea Market, falando sobre esse filme de balé que eu faria com Darren. Mila casualmente mencionou: **"Lembro quando eu tirava minhas sapatilhas de ponta..."** e eu fiquei tipo: **"Espera, você fez balé?!"** Liguei para Darren na hora e disse: **"Tem essa atriz incrível com experiência em balé—ela seria perfeita para Lily."**

**Kunis:** Acho que eu disse: **"Eu dancei uma vez,"** e de alguma forma isso virou eu tendo feito ponta.

**Portman:** Ok, talvez eu tenha exagerado um pouco por você!

**Aronofsky:** Na época do elenco, vi Mila em *Esquecendo Sarah Marshall*—ela era fantástica. Disse a Natalie que adoraria conhecê-la.

**Kunis:** Minha equipe disse: **"Eles vão te levar para Nova York,"** e eu fiquei tipo: **"Nada disso, é muito para um almoço. Podemos fazer por Skype."** Eles acharam que eu estava louca, e sim, eu estava sendo difícil. Mas naquele primeiro encontro, eu só disse: **"Estou dentro—o que você precisar, eu resolvo."**

**Darren, li que você considerou ter uma atriz interpretando tanto Nina quanto Lily. Por que decidiu contra isso, e o que fez Natalie e Mila certas para seus papéis?**

**Aronofsky:** Tudo se resumiu às energias delas. Natalie estava envolvida desde o início—ela até ajudou a moldar o roteiro e escreveu a última fala do filme (**"Eu senti... perfeito. Foi perfeito."**). Com Mila, nos conectamos de outra forma. Você nunca sabe como as coisas vão se encaixar, mas acredito que o elenco acontece por um motivo.

**Como foi a preparação de vocês?**

**Kunis:** A minha foi muita dança e pouca comida—sei que não devo dizer isso, mas é verdade. Vivi de caldo e dancei 12 horas por dia. Deveríamos ter três meses de preparação, mas quando o financiamento atrasou, viraram seis. Foi difícil para Darren, mas Nat e eu ficamos felizes—ganhamos três meses extras para treinar.

**Portman:** Além da dança, não ensaiamos muito. O treino físico teve um benefício inesperado: minha treinadora era uma ex-bailarina do NYCB, e passei um ano ouvindo suas histórias sobre a vida no balé. Era como jornalismo investigativo, mas na verdade só fofocando enquanto fazia pliés.

**Natalie, como você desenvolveu a voz de Nina?**

Darren e eu conversamos muito sobre isso—muitas bailarinas têm vozes infantis, o que não é universal, mas chama atenção. É parte daquela pressão para manter as mulheres infantis. Queríamos alternar entre uma suavidade de "cisne branco" e algo mais intenso.

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Esta versão mantém o significado original enquanto torna a linguagem mais natural e conversacional. Avise se quiser mais ajustes!

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Aqui está uma versão mais natural e fluida do texto, mantendo seu significado original:

**"Voz de cisne branco" e uma "voz de cisne negro."**

**Houve outras observações que entraram no filme? Algum detalhe do mundo do balé que chamou sua atenção?**

**Aronofsky:** Muitos. Os pequenos detalhes estéticos daquele mundo me fascinaram—como as bailarinas preparam suas sapatilhas ou como seus pés ficam após uma apresentação.

**Vi algumas cenas dos bastidores, e parecia uma produção bem guerrilha—só você com uma câmera na mão e uma equipe pequena correndo por Nova York.**

**Aronofsky:** É assim que sempre fiz filmes. Eu me jogo de cabeça, e essas duas também. Foi algo que consumiu tudo, porque não tinha mais nada na minha vida.

**Kunis:** Darren me ligava às 2h da manhã e dizia: **"Ei, consegue ir até o metrô? Vamos filmar na 86th Street."** Eu não tinha filhos na época, então ficava tipo: **"Claro, tanto faz."** Muitas vezes, só aparecíamos numa esquina e filmávamos sem permissão. Acho que não daria para fazer isso hoje.

**Aronofsky:** Queria um clima de documentário para o filme. Não conseguia pensar em outro filme de terror feito assim. Me preocupei que pudesse tirar a intensidade, já que a câmera tremida lembra que alguém está por trás. Mas foi um risco que valeu a pena—permitiu que quebrássemos o estilo teatral de filmagem e dançássemos com Natalie no palco. Fizemos muitas tomadas, e foi fisicamente desgastante para ambas.

**Alguma cena foi especialmente difícil de filmar?**

**Kunis:** As cenas de dança duravam horas. Tinha hematomas nas costelas de tanto ser levantada. Também desloquei o ombro no começo e achei que estava acabada, mas Darren me mandou a um acupunturista e, de alguma forma, fiquei bem.

**Portman:** A cena mais difícil foi quando Mila e eu ficamos juntas. É divertido trabalhar com uma amiga—até ter que filmar uma cena de sexo com ela. Darren disse: **"Vocês só precisam fazer uma vez."** Ficamos lá, nervosas, até ele gritar **"Ação!"** e aí fomos em frente. E ele cumpriu a palavra—só fizemos uma vez. Mas lembro de chegar no set naquele dia pensando: **Não estou me sentindo bem com isso.**

**Kunis:** Sinceramente, esqueci totalmente dessa cena (**risos**). Só estava pensando: **O que foi difícil?** e bloqueei completamente.

**Natalie, li que você se machucou seriamente na cena do camarim, onde Nina empurra Lily—ela mesma?—no espelho.**

**Portman:** Não lembro disso.

**Kunis:** Nat, lembro de filmar com você no dia seguinte. Você tinha cicatrizes no pescoço. Darren disse: **"É, ela foi fundo mesmo."**

**Portman:** Apaguei isso completamente. Zero memória.

**Darren, ouvi dizer que você sutilmente tentou colocar Natalie e Mila uma contra a outra durante as filmagens para ajudar nas performances.**

**Aronofsky:** Minha versão? Eu estava sendo um diretor sorrateiro, tentando criar tensão. Mas Mila e Natalie perceberam rápido e caíram na gargalhada, virando piada. As duas são espertas—perceberam qualquer truque que eu tentasse. Vocês lembram diferente?

**Portman:** Lembro de sermos mantidas separadas quando não estávamos filmando. No começo, Darren disse algo como: **"Nat, a Mila está dançando muito bem."**

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Esta versão mantém o significado original enquanto torna a linguagem mais natural e conversacional. Avise se quiser mais ajustes!

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Aqui está uma versão mais natural e fluida do texto, mantendo seu significado original:

Pensei: **"Claro que ela está! Ela é incrivelmente talentosa, eu a adoro, e estou feliz que ela está indo tão bem!"**

**Foto: Cortesia da Searchlight Pictures**

**Kunis:** Darren me dizia: **"Nat está trabalhando muito—nem está tirando fins de semana."** Aí eu mandava mensagem para Nat, e ela respondia: **"...Não, não estou?"** Foi assim que percebemos o que Darren estava fazendo, mas tudo na brincadeira.

**Portman:** *Cisne Negro* foi a primeira vez que me senti completamente em sintonia com um diretor. Cada conversa com Darren me dava um novo insight que desbloqueava uma cena para mim.

Um dos temas do filme é a ideia de que grande arte vem da dor ou do caos—que um artista precisa se perder para alcançar algo transcendente. Vocês têm opiniões fortes sobre isso em seu próprio trabalho?

**Kunis:** Durante a divulgação de *Cisne Negro*, jornalistas perguntavam: **"Quão assustador é o Darren? Como é o clima intenso do set?"** Eu respondia: **"Ele é muito gentil—uma vez nos levou para ver *Crepúsculo* em um dia de folga."** Eles sempre ficavam decepcionados que ele não era um artista torturado que nos maltratava. Dá para se divertir no set, fazer um ótimo trabalho e ainda viver uma vida feliz.

**Foto: Cortesia da Searchlight Pictures**

**Aronofsky:** Meus sets são sempre tranquilos, não importa o quão intenso seja o material. Mas entre "ação" e "corta", todo mundo leva a sério. Sempre há algum sofrimento no trabalho duro—mesmo que só o desgaste físico do treino para um papel.

**Portman:** *Cisne Negro* foi desafiador, mas também uma experiência linda. O set não era brincadeira, mas todos eram gentis e respeitosos. Se sofrer fosse o único jeito de fazer uma obra-prima, eu passaria—a vida é curta demais.

O que acharam do filme final?

**Portman:** Vi completo pela primeira vez em Veneza, mas já tinha visto a maior parte porque gravamos aquela trilha de voz—lembra, Darren?

**Aronofsky:** Não?

**Portman:** Você me fez cantarolar a trilha de *O Lago dos Cisnes* sobre um piano para um efeito assustador. Não usou, mas eu vi bastante do filme durante a gravação. Você realmente não lembra? Bom, claramente não funcionou.

**Aronofsky:** Costumo esquecer minhas más ideias, mas parece legal. Consigo imaginar você fazendo isso com sua voz suave de Cisne Branco. Vou ter que procurar isso.

*Cisne Negro* virou um grande sucesso assim que o trailer saiu e as reações de Veneza chegaram. Foi recompensador depois de anos de trabalho?

**Aronofsky:** Com certeza. Veneza foi em setembro, mas no Halloween em Nova York já tinha gente fantasiada de Cisne Negro da Natalie. Fiquei chocado—ninguém tinha visto o filme ainda!

**Foto: Cortesia da Searchlight Pictures**

**Kunis:** Depois das filmagens, houve silêncio—até que meu agente ligou dizendo que eu tinha ganhado um prêmio em Veneza. Achei que *Cisne Negro* seria um pequeno filme indie, mas virou um fenômeno enorme.

**Portman:** Durante as filmagens, não entendi totalmente o tom do filme, então ver a versão final foi uma surpresa emocionante. Não tinha ideia de quão ousada era a visão do Darren até então.

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Avise se quiser mais ajustes!

O vestido era incrível, mas, como Darren mencionou, o objetivo final é sempre virar fantasia de Halloween—ou performance drag. Acho que esse filme nos consolidou nessa tradição, o que é emocionante para mim. Já vi drag queens fantasiadas de seus personagens, usando falas do filme em seus números.

**Portman:** Esse é meu sonho. Sério, é minha maior ambição em todo papel que aceito.

**Esta conversa foi editada e condensada.**