Não há nada melhor do que se perder em uma ótima série de verão. Descobri Outlander depois que meu segundo filho nasceu—exausta pelas demandas intermináveis de um recém-nascido, a ideia de escapar para a Escócia do século 18 era tentadora demais para resistir. Baseada nos romances de Diana Gabaldon, a série acompanha Claire Randall (Caitríona Balfe), uma enfermeira corajosa que entra em um círculo de pedras antigo e é transportada no tempo de 1946 para 1743. Lá, ela conhece o herói romântico definitivo: Jamie Fraser (Sam Heughan), um lorde das Terras Altas com o físico de um deus grego e um coração igualmente nobre.

Eu não era a única obcecada por Jamie. Minha amiga Torri acha que ele estabeleceu o padrão para os heróis do "romantasy" atual—personagens como Rhysand de Uma Corte de Espinhos e Rosas ou Xaden Riorson de Asas da Ruína. "Ele preenche todos os requisitos—forte, protetor, mas profundamente respeitoso com a independência da parceira. Ele foi o original", ela diz. Outra amiga, Val, que se apaixonou pelos livros em 1998, lembra: "Eu adorava a mistura de romance e história—e, claro, Jamie Fraser. Fiz pelo menos quatro amigas viciarem na série. Uma até jogou o segundo livro em mim, brincando: ‘Cadê o próximo?!’"

Nos reuníamos em pubs escoceses no East Village de Nova York para analisar as reviravoltas mais recentes e debater se Heughan e Balfe tinham química na vida real. Val até viajou para a Escócia depois que a série estreou em 2014, tirando fotos de gaiteiros de kilt e visitando Fort William—o local do açoite brutal de Jamie pelo capitão "Black Jack" Randall—na esperança de encontrar seu próprio guerreiro das Terras Altas.

Outros fãs fizeram passeios temáticos de Outlander, incentivados pelo slogan turístico da Escócia: "Ceda aos seus prazeres de kilt." (Com a oitava e última temporada da série chegando no próximo ano, uma série prequela, Outlander: Sangue do Meu Sangue, estreia na Starz em agosto.)

Mas existiu um Jamie Fraser de verdade? Não exatamente. Gabaldon se inspirou em uma reprise de Doctor Who com um personagem de kilt chamado Jamie McCrimmon, depois descobriu O Príncipe na Urze de Eric Linklater, que conta a história de 19 oficiais jacobitas que se esconderam após a Batalha de Culloden em 1746. Dezoito morreram—apenas um, um Fraser, sobreviveu. E assim, nasceu a lenda de Jamie.

Na série, Jamie nasce em Lallybroch, a propriedade (fictícia) de sua família nas Terras Altas, filho de Ellen MacKenzie e Brian Fraser. Os dois fugiram e se esconderam até que a gravidez de Ellen forçou seus irmãos a aceitarem o casamento—eles queriam que ela se casasse com um Grant, naturalmente.

Os Frasers reais traçam suas raízes até 1160, com Hugh Fraser se tornando o primeiro Lord Lovat por volta de 1460. Mais diplomatas que guerreiros, eles se casaram estrategicamente e governaram pacificamente—até que as revoltas jacobitas os arrastaram para uma luta sem esperança para restaurar a monarquia Stuart. Após a derrota dos escoceses em Culloden, a Grã-Bretanha proibiu os tartans e suprimiu o gaélico, levando muitos habitantes das Terras Altas para a América.

Alguns Frasers pagaram caro pela rebelião, como Simon Fraser, o 11º Lord Lovat (1667–1747), o último homem decapitado na Grã-Bretanha. A lenda diz que a expressão "rir à toa" veio de sua reação divertida ao desmoronamento de uma arquibancada durante sua execução.

Jamie talvez admirasse o brigadeiro Simon "Shimi" Fraser, o 15º Lord Lovat (1911–1995), que liderou comandos nas praias da Normandia no Dia D—com seu gaiteiro pessoal a tiracolo. Churchill o chamou de "o homem mais bonito para cortar uma garganta", uma frase que também se encaixaria em Jamie.

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Aqui está uma versão mais natural e fluida do seu texto:

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Hitler já colocou uma recompensa de 100.000 marcos por sua cabeça.

Shimi Fraser no set do filme de guerra O Mais Longo dos Dias (1962), onde foi interpretado por Peter Lawford.
(Foto: Getty Images)

O atual chefe do clã, Simon Fraser, o 16º Lord Lovat, herdou seu título aos 18 anos. Agora com 46, ele estudou em Harrow e na Universidade de Edimburgo antes de trabalhar no setor financeiro. Em 2016, casou-se com Petra Palumbo—filha de Peter Palumbo, Barão Palumbo—e o casal vive em Beauly, na Escócia, onde Petra é uma conhecida designer de artigos para o lar.

(Foto: Simon Fraser, Lord Lovat, e Petra Palumbo saindo da igreja St. Stephen Walbrook em Londres no dia do casamento. Getty Images)

Em um e-mail recente, Fraser admitiu que, após a estreia de Outlander, notou um crescente interesse pelas Terras Altas—especialmente no Clã Fraser. Embora aprecie o entusiasmo (e o romance) dos visitantes que vão até Beauly, ele brinca: "Fica um pouco constrangedor explicar que Lallybroch e as Pedras de Standing não existem."

Mesmo assim, o legado Fraser permanece forte. Russell Crowe, que recentemente descobriu sua ancestralidade Fraser, usou uma gravata de tartan Fraser em Wimbledon—emprestada de seu amigo Simon. ("Ele tem muito orgulho de suas raízes", diz Simon.)

Quanto aos seus próprios filhos, Fraser espera que eles abracem sua herança conforme crescem. "Quero que se sintam conectados à nossa comunidade das Terras Altas, que tenham esse senso de pertencimento", ele diz. E se Outlander ajudar a fortalecer seus laços com o clã? Melhor ainda.

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Esta versão mantém o significado original enquanto torna a linguagem mais fluida e conversacional. Avise se quiser mais ajustes!