A Coty reportou vendas de US$ 1,58 bilhão no primeiro trimestre do exercício fiscal de 2026, uma queda de 6% que acompanhou as previsões dos analistas. O trimestre terminou em 30 de setembro de 2025. O EBITDA ajustado caiu 18% em comparação com o ano anterior, e a margem bruta recuou de 65,5% para 64,5%, refletindo vendas mais baixas e desafios com tarifas. No entanto, a CEO Sue Nabi disse à Vogue Business que as fábricas americanas da empresa e os aumentos de preços em fragrâncias de prestígio ajudaram a amenizar alguns desses efeitos. A Coty antecipa uma recuperação gradual nas vendas conforme o ano fiscal avança, com as vendas do segundo trimestre esperadas próximas do topo da faixa projetada de -3% a -5%.

Em outubro, a Kering revelou sua intenção de vender sua divisão de beleza para a L'Oréal, o que envolverá a transferência da licença da Gucci Beauty da Coty para a L'Oréal quando expirar em 2028. Desde que a Coty relançou a Gucci Beauty em 2019, a marca cresceu quase 60%, de acordo com Nabi.

Nabi afirmou que, com a licença da Gucci prestes a sair de seu portfólio após 2028, a Coty se concentrará nas marcas com as perspectivas de crescimento de longo prazo mais fortes, que compõem a maior parte de seu portfólio. Ela destacou futuras adições como a linha de maquiagem Marc Jacobs Beauty, programada para lançamento em 2026, e uma fragrância Swarovski prevista para 2027. Nabi expressou confiança na durabilidade do portfólio da Coty, observando que cerca de 80% de seus negócios são de propriedade total ou sob licenças de longo prazo.

Regionalmente, as vendas nas Américas caíram 6% devido a ajustes planejados de estoque, que reduziram a receita no segmento de prestígio. As vendas da EMEA caíram 4%, atribuídas ao menor interesse do consumidor em cosméticos coloridos. As receitas da Ásia-Pacífico recuaram 9% devido à contínua fraca demanda, embora a empresa tenha visto alguma melhora na China.

A categoria de prestígio, que responde por 68% do total de vendas, registrou uma diminuição de 4%, principalmente devido ao desempenho inferior em maquiagem e cuidados com a pele. No entanto, as fragrâncias de prestígio cresceram em dígitos médios. Nabi apontou tendências como perfumes árabes e fragrâncias gourmand—com notas comestíveis como baunilha ou caramelo—como impulsionadores-chave. Ela observou: "Gourmand está se tornando o novo floral; é nossa categoria de crescimento mais rápido, com a baunilha como ingrediente estrela. Acredito que há uma conexão com a economia GLP-1—as pessoas estão se entregando a aromas gourmand enquanto reduzem o açúcar."

As vendas de beleza para o consumidor, que representam 32% da receita total, caíram 9% devido à contínua fraqueza nos cosméticos europeus, taxas de venda abaixo da média e redução no estoque de fragrâncias massivas por alguns parceiros.

Em setembro, a Coty anunciou planos de revisão estratégica. Uma iniciativa importante é fundir seus negócios de fragrâncias de prestígio e massivas, incluindo sprays corporais e aromas lifestyle, que antes eram separados. Essa medida visa melhorar as sinergias de P&D e alcançar economias de escala. Nabi explicou: "Estamos vendo 'stacking'—onde seu spray é como sua lingerie e sua fragrância principal é sua roupa—então temos uma grande oportunidade de alavancar nosso portfólio de US$ 5 a US$ 500. É uma tendência global de consumidores comprando tanto em pontos altos quanto de entrada, não apenas migrando para baixo."

Além disso, a Coty está avaliando seu negócio de cosméticos coloridos massivos, que inclui marcas como CoverGirl, Rimmel, Sally Hansen e Max Factor. A revisão também envolve separar sua operação de US$ 400 milhões no Brasil, que possui suas próprias unidades de fabricação e P&D e se concentra em marcas locais. Nabi enfatizou: "Nosso objetivo é aumentar a lucratividade e acelerar a inovação. Estamos comprometidos em tornar esta revisão estratégica a mais rápida e eficaz possível."

**Por que a Coty está recorrendo aos seus arquivos para novas ideias de fragrâncias**

**Explorando a abordagem diversificada da Coty para o desenvolvimento de fragrâncias**

**Receita anual da Coty diminui 2%**



Perguntas Frequentes

Claro. Aqui está uma lista de perguntas frequentes sobre a queda nas vendas do primeiro trimestre da Coty, elaborada com perguntas claras e respostas diretas.



**Perguntas de Nível Iniciante**



1. **O que exatamente aconteceu com as vendas da Coty?**
A receita geral da Coty no primeiro trimestre diminuiu 6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

2. **Por que as vendas caíram?**
A queda deveu-se principalmente a decisões estratégicas de reduzir as vendas no segmento de beleza de massa e a desafios no setor de varejo de viagens, que superaram o crescimento nas divisões de prestígio e luxo.

3. **Isso é um sinal de que a Coty está com problemas?**
Não necessariamente. Uma queda nas vendas pode ser um resultado de curto prazo de uma estratégia de longo prazo. Neste caso, a Coty está intencionalmente deslocando seu foco de produtos de massa de menor lucro para marcas de prestígio de maior lucro, uma estratégia empresarial comum para crescimento.

4. **O que são marcas de prestígio e de massa?**
- **Prestígio**: Marcas de alta gama, geralmente mais caras, vendidas em lojas de departamento ou varejistas especializados.
- **Massa**: Marcas mais acessíveis e amplamente disponíveis, vendidas em farmácias e supermercados.

5. **Como isso me afeta como cliente?**
Você pode ver menos promoções ou menos produtos novos das marcas de massa da Coty, como CoverGirl, enquanto pode ver mais inovação e marketing para suas fragrâncias de luxo.






**Perguntas Avançadas com Foco no Investidor**



6. **Se as vendas caíram, por que a liderança da empresa ainda está confiante?**
A administração está confiante porque suas divisões principais de Prestígio e Beleza do Consumidor, de alta margem, realmente tiveram crescimento de vendas em bases comparáveis quando as reduções estratégicas são excluídas. Isso indica que a saúde de seu negócio principal é forte.

7. **O que é crescimento em bases comparáveis e por que é importante?**
O crescimento em bases comparáveis compara vendas das mesmas lojas ou linhas de produtos, excluindo o impacto de novas aberturas, fechamentos ou reduções estratégicas. É uma métrica crucial porque mostra o desempenho subjacente do negócio contínuo, separado de decisões estratégicas pontuais.

8. **Qual foi o impacto do setor de varejo de viagens?**
As vendas no varejo de viagens... [texto interrompido]