Aqui está uma versão mais natural e fluida do seu texto:

A história é mais ou menos assim: ela é a filha mais nova de uma família pobre e faminta, e ele é um príncipe cujo reino está sob uma terrível maldição. Sem que ela perceba, seu amor é a única coisa que pode salvar o reino dele. Poderia ser o enredo de um conto de fadas infantil — ou a premissa da série adulta A Corte de Espinhos e Rosas, de Sarah J. Maas, que desencadeou o que alguns chamam de revolução sexual literária.

"Romantasy", o gênero que mistura fantasia com romance picante, é agora a categoria de livros mais vendida, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Circana BookScan. Sua popularidade está disparando, com 1,9 milhão de cópias vendidas apenas desde janeiro. No BookTok (a comunidade de amantes de livros do TikTok), os romances estão ganhando uma nova cara — os leitores usam termos como "picante" e emojis de pimenta para classificar o nível de calor, enquanto hashtags celebram clichês como "amigos que viram amantes" e "casamento de conveniência". É uma grande virada para um gênero que já foi considerado frívolo.

"Uma semente para essa febre foi plantada há cerca de 20 anos com Crepúsculo", diz Anne Royer, bibliotecária da Biblioteca Pública de Nova York. "O romance não era o foco principal naqueles livros nem em Jogos Vorazes, mas os millennials cresceram com essas histórias. Agora, eles querem um escapismo similar — só que com conteúdo mais adulto." Ela observa que A Corte de Espinhos e Rosas (ACOTAR) foi o terceiro livro mais emprestado da biblioteca no ano passado.

É mais uma prova de que "sexo vende", mas, para muitas mulheres — especialmente mães —, esses livros oferecem mais do que excitação. Eles são uma forma de se reconectar consigo mesmas e escapar do estresse diário.

"Tem muito sexo nesse livro", ri Mel Robbins, autora de Let Them e mãe de três filhos, que ouviu ACOTAR como audiolivro. "Você até fica corada. Mas o incrível é como é imersivo — eu estava lavando louça com meus fones de ouvido e, de repente, não estava mais na minha cozinha; estava voando pelos céus de Prythian com Rhysand."

Royer concorda: "Uma cena de sexo bem escrita não é só excitante — libera endorfinas e pode ajudar você a explorar seus próprios desejos."

Foi exatamente o que aconteceu com Caroline, uma mãe que pegou ACOTAR* relutantemente. "O primeiro livro era tão ruim que levei um ano para terminar", ela admite, rindo. "Mas o segundo me fisgou." Agora, ela já devorou 32 livros em cinco meses, usando-os como escape dos momentos mais difíceis da maternidade. "Depois do desmame, eu tinha insônia e ansiedade terríveis", ela diz. "A leitura sempre me ajudou a lidar, mas esses livros te transportam — seja pelas cenas picantes ou apenas pela história em si. Eles dão pequenas doses de oxitocina. No momento, também são um refúgio da nossa exaustiva realidade política."

Outro sinal do boom do romantasy? Livrarias independentes dedicadas inteiramente ao romance estão surgindo pelo país, como The Ripped Bodice, em Nova York, e The Plot Twist, em Dallas-Fort Worth.

"Muita gente não sabia que gostava de coisas como... fadas gostosas", diz Royer, sorrindo. "Agora? Epifanias por toda parte."

(*Nomes alterados para preservar a privacidade.)

Escolhas populares de Romantasy:
- Sarah J. Maas, A Corte de Espinhos e Rosas (Box) – ~~R$95~~ R$34
- Rebecca Yarros, Quarta Asa – ~~R$30~~ R$17
- Carissa Broadbent, A Serpente e as Asas da Noite – ~~R$30~~ R$14
- Sarah A. Parker, Quando a Lua Chocou – ~~R$22~~ R$13