Aqui está uma versão mais natural e fluida do seu texto, mantendo o significado original:
Após ler as postagens de Greg Franklin no final de 2020, Roben Farzad decidiu tomar uma atitude incomum. Os dois haviam se conhecido no ano anterior, sentados juntos em um jogo de basquete de seus filhos no centro comunitário judaico local. Menos de um ano depois, Farzad lia o relato de Franklin sobre a batalha de sua esposa contra a COVID—suas convulsões, seu tempo em um ventilador.
Para cuidar da esposa e dos dois filhos, Franklin havia deixado seu emprego em uma empresa de gestão de ativos imobiliários, primeiro sob a Lei de Licença Médica e Familiar e depois permanentemente em agosto de 2020. Quando Farzad entrou em contato, a esposa de Franklin já estava em casa e estável, e ele finalmente podia pensar em encontrar trabalho novamente.
Farzad se ofereceu para hospedar um programa ao vivo no Zoom, aproveitando a sabedoria coletiva de sua audiência do programa de rádio, Full Disclosure. Franklin hesitou no início—ele se sentiu constrangido em pedir ajuda quando tantas pessoas estavam passando por dificuldades em 2020—mas acabou concordando. Ele compartilhou sua história, e os ouvintes responderam oferecendo conexões, conselhos e oportunidades de emprego.
"As pessoas simplesmente apareceram—pessoas que estavam tristes, desesperançadas, presas em casa", lembra Farzad. "Isso realmente me mostrou o quanto uma comunidade pode ser poderosa."
Franklin conseguiu um novo emprego em abril do ano seguinte—um que ele mantém até hoje. "Ter esse apoio da comunidade foi incrivelmente inspirador", ele diz.
Para mim, sua história captura a essência do rádio público: profundamente local, comprometido em servir sua comunidade e manter as pessoas informadas e conectadas.
O programa de Farzad é transmitido pela Radio IQ, uma estação de rádio pública na região dos Apalaches, na Virgínia. Recentemente, o Congresso aprovou um projeto de lei que corta US$ 1,1 bilhão em financiamento para a Corporação de Radiodifusão Pública (CPB) nos próximos dois anos—dinheiro que apoia a NPR (minha empregadora), a PBS e estações afiliadas como a Radio IQ, que acaba de perder US$ 600.000 em financiamento federal.
A estrutura da NPR é um pouco incomum, um resquício de sua fundação em 1970 sob a Lei de Radiodifusão Pública de 1967. A NPR produz programas como Morning Edition, All Things Considered e meu podcast, Planet Money, que as estações afiliadas compram para transmitir. Apenas uma pequena parte do orçamento da NPR vem diretamente do governo federal, mas cerca de 30% vem das taxas pagas por aproximadamente 1.000 estações afiliadas—muitas das quais dependem fortemente de financiamento federal.
A busca por emprego de Franklin parece uma história típica de 2020, mas o papel do rádio público em crises continua vital. Quando o furacão Helene atingiu o oeste da Carolina do Norte no ano passado, a energia e a internet caíram, e os telefones pararam de funcionar—mas os rádios continuaram operando. A Blue Ridge Public Radio se tornou uma tábua de salvação, transmitindo atualizações críticas por até 12 horas por dia.
"Ficamos no ar para compartilhar informações essenciais—onde encontrar comida, água, até recargas de tanques de oxigênio", disse a diretora de notícias da estação, Laura Lee.
Isso é especialmente crucial em áreas com cobertura local de notícias em declínio. Em Abilene, Texas, a gerente geral da KACU, Heather Claborn, observou: "Estamos à beira de nos tornarmos um deserto de notícias". O jornal local, que já teve 250 funcionários, agora tem muito menos.
O rádio público preenche essa lacuna, garantindo que as comunidades permaneçam informadas quando mais precisam. Menos de cinco estações locais de TV noticiosas permanecem, e os cortes de financiamento estão atingindo duramente a mídia pública. A KACU, por exemplo, depende da Corporação de Radiodifusão Pública para 31% de seu orçamento operacional.
De acordo com dados do boletim informativo Semipublic, de Alex Curley, cerca de 15% das estações de mídia pública podem fechar devido a esses cortes. Para algumas, como a KCUW em Pendleton, Oregon, e a KNSA em Unalakleet, Alasca, os cortes eliminam quase todo o seu orçamento.
Perder fontes de notícias em meio ao aumento de deepfakes e desinformação é uma combinação perigosa. Mas o declínio do jornalismo local tem outras consequências reais. Embora os contribuintes possam economizar uma média de US$ 1,60 por pessoa por ano com esses cortes, é provável que paguem mais em outros lugares. Pesquisas mostram que, quando os jornais locais desaparecem, os custos de empréstimo para governos no mercado de títulos municipais aumentam. O motivo? Sem jornalistas responsabilizando autoridades, os governos se tornam menos eficientes—e às vezes mais corruptos.
Além das finanças, nosso senso de comunidade já está enfraquecendo. Comemos mais sozinhos, frequentamos menos a igreja e passamos mais tempo em casa. O rádio público é um dos últimos espaços compartilhados onde um apresentador pode unir ouvintes em torno de uma causa comum—uns aos outros.