Olivia Laing lançou seu mais recente romance, O Livro de Prata (FSG), uma história de amor queer e thriller noir ambientada no mundo do cinema italiano dos anos 1970. Laing compartilhou por e-mail: "Escrevi O Livro de Prata enquanto vivia em Roma, mergulhando na cidade e tentando voltar no tempo até 1975, quando diretores como Pasolini e Fellini perambulavam pelas ruas. Escrevi em uns febris dois meses e meio, alimentado pela energia selvagem da cidade." O livro centra-se no verdadeiro figurinista vencedor do Oscar Danilo Donati e num fictício artista inglês, Nicholas, que se torna seu aprendiz e amante. Os leitores acompanham a dupla enquanto trabalham nos cenários e figurinos para Casanova de Federico Fellini e Salò de Pier Paolo Pasolini, com o pano de fundo dos lendários estúdios de cinema Cinecittà de Roma e do assassinato de Pasolini em 1975. Como Laing descreveu no Instagram, o romance é "uma investigação sobre a difícil relação entre artifício e verdade, ilusão e realidade, sexo e poder."

Este não é o primeiro livro de Laing ambientado na Itália. Seu romance Crudo foi inspirado por uma viagem a Val d'Orcia, um Patrimônio Mundial da UNESCO na Toscana. Embora Laing tenha sido apenas residente temporária de Roma, rapidamente desenvolveu locais favoritos. "Roma é a cidade definitiva e eterna. Tudo aconteceu aqui," Laing disse à Vogue. "É absurdamente linda e muda sua relação com o tempo."

Hotel: Fico na British School em Roma, que parece entrar num romance de Muriel Spark de 1955.

Restaurante: Piatto Romano, mas é estilo romano autêntico. Esteja preparado para um prato de coelho muito simples, sem frescuras.

Café da manhã: Pegue um cornetto e cappuccino no Canova e finja que é Fellini. Os garçons podem não tratá-lo como uma estrela, mas você está na Piazza del Popolo—então quem se importa?

Dose de cafeína: É Roma—você pode tomar café em qualquer lugar. Só lembre-se de bebê-lo em pé.

Sobremesa: Gelato de amora no Giolitti, um clássico por uma boa razão. E sim, você quer a panna.

Melhor prato: Puntarelle alla romana, verduras amargas temperadas com anchova—um sonho num dia cinzento e chuvoso de janeiro.

Loja que me obceca: Schostal, para meias e especialmente suas deliciosas cuecas de algodão listradas para homens, meu uniforme de verão.

Lugar que sempre visito na cidade: Os Jardins Borghese para ver Dante.

Para ver arte: As Galerias Nacionais de Arte Antiga no Palácio Barberini estão cheias de obras-primas de tirar o fôlego e nunca estão lotadas, apesar de abrigarem uma impressionante coleção de Caravaggios. Ou simplesmente caminhe pelas ruas de cabeça erguida.

Para estocar produtos de beleza: Officina Profumo-Farmaceutica di Santa Maria Novella para perfumes e sabões feitos por freiras usando receitas antigas. Adoro Tabacco Toscano.

Lembrança obrigatória: O calendário de padres, disponível em toda banca de jornal da cidade—nunca deixa de me fazer sorrir.

Escape natural: Passeie ao longo do Tibre e aprecie a visão dos estorninhos nas árvores plátanas e dos periquitos verde-brilhantes voando sobre a água verde-escura.

Para paz e sossego: O Jardim Botânico é verdadeiramente especial. Uma vez fiz um evento na limonaia, onde as limeiras passam o inverno.

Melhor maneira de locomover-se pela cidade: A pé, meu amigo. Carrinhos de golfe são para perdedores.

Melhor vista: Com sete colinas, Roma não falta mirantes, mas adoro a vista do Janículo. Só não se esqueça da cena de abertura de A Grande Beleza, onde uma turista dá uma olhada e cai morta de tanto beleza.

Melhor época para visitar, clima-wise: Outubro, quando as temperaturas caem e a luz é tão líquida que parece uma dose de pura serotonina.

Algo que você deve saber sobre minha cidade: Roma é a cidade definitiva e eterna. Tudo aconteceu aqui. É absurdamente linda e muda sua relação com o tempo. A energia vibrante da cidade alimentou minha escrita, permitindo-me completar O Livro de Prata em intensos dois meses e meio.



Perguntas Frequentes

Claro! Aqui está uma lista de FAQs sobre os escritos de Olivia Laing sobre Roma, focando no coelho e nos Jardins Borghese, com respostas claras e concisas.





Perguntas Gerais e Básicas



1. Quem é Olivia Laing?

Olivia Laing é uma conhecida escritora e crítica britânica. Ela frequentemente escreve num estilo que mistura memória, biografia e crítica cultural, explorando temas como solidão, arte e a vida das cidades.



2. Sobre o que trata este texto?

É um texto de não ficção no qual Laing usa sua observação de um simples coelho nos Jardins Borghese de Roma como ponto de partida para refletir sobre ideias maiores acerca da solidão, da história da cidade e da nossa relação com o mundo natural num espaço urbano.



3. Onde ficam os Jardins Borghese?

Os Jardins Borghese são um grande e histórico jardim paisagístico no coração de Roma, Itália. É um parque público popular, repleto de museus, fontes e pinheiros.



4. Por que um coelho é significativo num ensaio sobre Roma?

O coelho representa um momento de vida simples e inesperada em meio à grandiosa história e arte de Roma. Para Laing, ele torna-se um símbolo do momento presente, da solidão e dos aspectos tranquilos e frequentemente ignorados de um lugar.



Perguntas Aprofundadas e Analíticas



5. Qual é o tema principal que Laing explora através do coelho?

Um tema central é a solidão. O coelho, cuidando de sua própria vida, espelha a experiência de estar sozinho numa cidade estrangeira. Laing o usa para explorar a diferença entre o isolamento solitário e uma solidão tranquila e observadora.



6. Como ela conecta o coelho à história de Roma?

Ela usa o coelho como um contraste. Enquanto Roma é definida por sua imensa e movimentada história humana, o coelho representa uma perspectiva atemporal e não humana. É uma forma de ver a cidade e seus jardens fora da narrativa histórica usual.



7. Qual é o estilo literário desta obra?

É uma forma de não ficção criativa, especificamente um ensaio lírico. Mistura observação pessoal com reflexão filosófica e crítica de arte, tudo desencadeado por um único evento mundano.



8. Que outros artistas ou escritores Laing provavelmente referencia neste contexto?

Embora o ensaio específico possa variar, Laing frequentemente estabelece conexões com outras figuras. No contexto de Roma e da solidão, ela