No novo musical da Broadway The Queen of Versailles, que estreia oficialmente em 9 de novembro, Kristin Chenoweth interpreta Jackie Siegel, a autointitulada "Rainha de Versailles" determinada a construir a maior residência unifamiliar da América. Siegel é uma pessoa real, apresentada no documentário de 2012 de Lauren Greenfield, e sua mansão de 90.000 pés quadrados — modelada após o Palácio de Versailles — está em construção desde 2004.

"Eu tinha visto aquele documentário e era obcecado por ele", diz o designer nova-iorquino Christian Cowan, contratado para criar o guarda-roupa único de Siegel para o espetáculo. "Eu pensei: 'conte comigo!'"

A história de Siegel é um exemplo extremo de ambição e ganância, uma versão grandiosa do sonho americano — e o lado sombrio que tal busca pode trazer. Cowan buscou inspiração nessa ideia para criar seus figurinos extravagantes. "Isso resume minha abordagem à moda — pegar o sonho americano e destacar a toxicidade e escuridão por trás dele", explica. "Jackie está construindo um mundo ao seu redor que não é necessariamente real, e achei esse conceito fascinante para explorar."

O resultado é um guarda-roupa distintivo que mistura a grandiosidade da era Rococó (um aceno para Maria Antonieta) com o estilo Y2K (quando Siegel ficou famosa como socialite e modelo). Cowan iniciou sua pesquisa visitando Siegel em sua casa, onde percorreu o canteiro de obras e viu seu closet chamativo e exagerado. "Seu closet é um espaço de dois andares com pole dancers, camas, carpete estampado de zebra e milhares de peças de roupa", relata. O estilo pessoal de Siegel é marcado por lantejoulas, estampas e cores ousadas. "Ela realmente ama texturas e silhuetas coladas ao corpo", observa Cowan. "Ela não tem medo de nada — adora a emoção da moda. No espetáculo, quis que ela se destacasse como um pássaro exótico entre pombos."

Cowan projetou a maioria das roupas de Jackie — de minivestidos rosa-Barbie a vestidos de marabu verde-azulados — do zero, muitas baseadas em roupas reais que Siegel usou. Chenoweth foi uma colaboradora entusiasta. "Minha principal preocupação era garantir que ela pudesse respirar adequadamente e lidar com todas as trocas rápidas", diz Cowan. "Às vezes ela tem apenas 20 segundos para se trocar."

Cowan achou desafiador focar menos no que ficaria estiloso em Chenoweth e mais no que cabia à personagem. "Essa foi a parte mais difícil para mim — não se tratava de tornar cada roupa o mais fofa e linda possível", admite. Ele também adorou procurar itens especiais, como as (falsas) "Birkins" da Hermès em cores do arco-íris que Chenoweth carrega durante o espetáculo. "Personalizamos até uma com a bandeira francesa em cristais."

Enquanto a maioria dos figurinos reflete o excesso dos anos 2000, Cowan também explorou a estética do século XVIII. Durante o musical, Maria Antonieta, o Rei Luís XVI e outros personagens da era Versailles fazem participações especiais, e Cowan também desenhou roupas historicamente precisas para eles. "Quase todos os personagens são baseados em pinturas", conta. "Quis traçar paralelos com a opulência de Jackie." Por exemplo, Maria Antonieta aparece com um vestido de armação de saia completa com vasos de cerâmica embutidos. "Tomei algumas liberdades criativas com Maria — não resisti", compartilha Cowan. "O vestido com vasos foi inspirado em um que ela supostamente possuía, com pequenos vasos de cerâmica entrelaçados na frente, cada um segurando flores reais."

Pode-se dizer que tudo que Cowan criou é um pouco exagerado — e essa era exatamente a intenção. Assim como a história de Siegel e sua mansão suntuosa inspiraram Cowan a criar uma fantasia de moda que era tanto impactante quanto completamente absurda. "Espero que as pessoas saiam com uma sensação de diversão e maravilha, e compreendam a mensagem do espetáculo: não se deixe levar por todos os aspectos chamativos e glamourosos da vida", explica Cowan. "Foque no que realmente importa." E o que a Jackie da vida real pensou dos designs ousados? "Ela disse que usaria muitos deles", ri Cowan.



Perguntas Frequentes
Claro! Aqui está uma lista de Perguntas Frequentes úteis sobre o trabalho de Christian Cowan no musical da Broadway Queen of Versailles.



Perguntas Gerais / Para Iniciantes



Quem é Christian Cowan?

Christian Cowan é um estilista londrino radicado em Nova York, conhecido por seus designs ousados, glamourosos e muitas vezes divertidos, usados por celebridades como Lady Gaga e Cardi B.



Qual foi seu papel em Queen of Versailles?

Ele foi o figurinista do musical da Broadway, ou seja, foi responsável por criar a imagem de todos os personagens por meio de suas roupas.



Sobre o que é o musical Queen of Versailles?

O musical é uma comédia satírica inspirada na vida de Maria Antonieta, explorando temas de extravagância, poder e revolução em um contexto moderno.



Por que Christian Cowan foi uma boa escolha para este espetáculo?

Sua assinatura em design tem tudo a ver com ousadia, drama e glamour da alta-costura, o que combina perfeitamente com o mundo exagerado e luxuoso de Versailles.



Perguntas sobre Design e Processo Criativo



Qual foi a principal inspiração para os figurinos?

Cowan misturou a moda da corte francesa do século XVIII com sua própria estética moderna e energética, usando materiais inesperados e cores vibrantes.



Ele desenhou tudo do zero?

Sim, como figurinista, ele criou designs originais para o espetáculo. Sua equipe então confeccionou os figurinos com base em seus esboços e visão.



Que materiais ele usou para tornar os figurinos tão ousados?

Ele usou uma mistura de tecidos tradicionais, como seda e tafetá, junto com materiais modernos e surpreendentes, como feltros neon, acrílico e bordados intricados com miçangas para criar um visual novo e atraente.



Como os figurinos ajudaram a contar a história?

Os figurinos representaram visualmente as personalidades das personagens e suas jornadas. Para Maria Antonieta, os figurinos evoluíram de extravagantes e brincalhões para mais vulneráveis conforme a história avançava.



Os figurinos eram práticos para os atores atuarem?

Este é um desafio fundamental. Embora parecessem dramáticos, Cowan teve que garantir que fossem funcionais para cantar, dançar e trocas rápidas nos bastidores. Isso significou reforçar costuras e, às vezes, criar versões mais fáceis de gerenciar de looks complexos.



Perguntas Avançadas / Práticas



Qual é o maior desafio em desenhar figurinos para um musical da Broadway versus um desfile de moda?

Na moda, o objetivo principal é o impacto visual na passarela. Na Broadway