Os dias de Che Diaz ficaram para trás, e agora acompanhar a vida amorosa de Miranda Hobbes — ou por quem ela está suspirando — na terceira temporada de E Assim Caminha a Vida… tem sido um dos momentos mais divertidos que tive há tempos. A mais nova a chamar sua atenção? Dolly Wells como Joy, a encantadora, fofoqueira e séria-porém-brincalhona produtora da BBC.

Wells é mais conhecida por estrelar ao lado de sua melhor amiga na vida real, Emily Mortimer, em Doll & Em, a série da HBO que ambas coescreveram em meados dos anos 2010. Mas seu currículo é impressionante — ela apareceu em tudo, desde os filmes de Bridget Jones (Woney para sempre!) até O Que Te Faz Mais Forte? e Orgulho e Preconceito e Zumbis. (Fãs de comédia britânica também se lembrarão de suas participações em Peep Show.) Agora, o público americano a conhece no universo de Sex and the City — e a atriz de 53 anos está mais do que pronta.

Antes do terceiro episódio da terceira temporada de E Assim Caminha a Vida, a Vogue conversou com Wells sobre revisitar o Sex and the City original, interpretar o novo interesse amoroso de Miranda, ser reconhecida no parque, seu amor pela BBC e muito mais.

Vogue: Você assistia Sex and the City quando a série estreou?
Dolly Wells: É loucura — eu não assistia, e não sei por quê. Não consigo explicar agora. Não vi quando era mais jovem, mas é como descobrir de repente como o chocolate amargo é incrível. Agora já vi tudo — maratonei Sex and the City. Todas minhas amigas assistiam quando lançou, mas eu sempre fui aquela que também não viu O Senhor dos Anéis ou Harry Potter. Talvez eu só estivesse tentando ser descolada.

Vogue: Você tinha um namorado — ou namorada! — favorito na série original?
Wells: Ah, adorei Baryshnikov como o namorado russo da Carrie. Ele era ótimo. Adorava como elas todas namoravam muito. Eu não era nada assim — devia ter tomado notas! [Risos.]

Vogue: O que te atraiu em Joy em E Assim Caminha a Vida…?
Wells: Foi lisonjeiro ser convidada. Eu já estava bem envolvida com a série, e Joy parecia legal. Amo a BBC — se você é britânico e ator, sempre espera participar dos projetos deles. Eles fazem TV incrível, sem comerciais, e há algo especial na tradição deles. Gostei que Joy fosse produtora da BBC e adorei o personagem da Miranda. No começo, não sabia muito — só que encontraria Miranda perto da ONU — mas gostei do potencial. Joy parecia interessante.

Vogue: Como foi trabalhar com Cynthia Nixon?
Wells: Ela é um sonho. A admiro muito. Ela é brilhante na atuação, o que torna as cenas divertidas, e é inteligente, curiosa e gentil — simplesmente maravilhosa. Entrar na série na terceira temporada foi como começar numa escola nova — você não quer se esforçar demais com as garotas mais experientes. Na leitura do roteiro, eu pensei: Nossa, olha só todas elas. Mas todo mundo foi tão amigável. O que mais me impressionou foi o quanto ainda são apaixonados — Michael Patrick King, John Melfi, todos. Há tanta empolgação e alegria, e me senti sortuda. Cynthia é adorável, e interpretar sua namorada é um prazer.

Vogue: Seus filhos assistem à série?
Wells: Meu filho ainda não, mas vai assistir. Minha filha assiste, e a melhor parte é que minha melhor amiga Emily [Mortimer]... [Nota: A resposta foi cortada aqui.]

Sua filha May, de 15 anos, tem assistido a toda a série. É incrível ver uma nova geração de jovens descobrindo-a.

Falando em Emily, você ainda recebe mensagens de fãs de Doll & Em?
Ah, sim, o tempo todo. Adoraríamos fazer outra temporada em algum momento. As mulheres de E Assim Caminha a Vida… também foram muito fofas sobre isso. Na semana passada, um cara no parque veio até mim e disse: “Vejo você aqui todo dia com seu cachorro e nunca digo nada, mas preciso te dizer o quanto amo Doll & Em.” É tão emocionante — criar algo com minha melhor amiga foi tão divertido. Acho que ambas esperamos que essa porta não esteja totalmente fechada.

Doll & Em é pelo que você é mais reconhecida?
Na verdade, na Inglaterra, o que mais me reconhecem é meio aleatório — é uma série chamada Some Girls que nunca passou nos EUA. Era da BBC Three, e eu interpretava uma professora de educação física neozelandesa de linguajar pesado. A série era sobre essas adolescentes duras e descoladas em 2006, antes de personagens femininas confusas e complexas serem realmente aceitas. Elas eram hilárias e rudes.

Você também apareceu em um episódio de Hacks recentemente, certo?
Sim, foi incrível. Só estar perto de mulheres tão incríveis — eu tinha que me controlar para não surtar. Jean Smart é surreal; fiquei completamente apaixonada por ela. Ela foi tão calorosa, engraçada e gentil, mesmo eu estando lá só por alguns dias. É tão inspirador conhecer mulheres assim que estão no auge de suas carreiras.

(Esta conversa foi editada e condensada.)

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